Cada vez mais as bicicletas são vistas nas ruas, pois não é somente o lazer que motiva os deslocamentos dos ciclistas urbanos.

Uma pesquisa inédita no Brasil, divulgada em novembro de 2015, revelou que 88,1% dos entrevistados utilizam a bicicleta como meio de transporte para o trabalho. Para 42,9% deles, a rapidez e a praticidade foram as principais motivações para as pedaladas mais frequentes.

O estudo, intitulado “Perfil do Ciclista Brasileiro – Parceria Nacional pela Mobilidade por Bicicleta”, mostrou ainda que a educação no trânsito é o principal problema enfrentado pelos ciclistas no dia a dia.
Se você é um deles, provavelmente já enfrentou algum problema para se deslocar, devido à falta de ciclovias nas grandes cidades e/ou às dificuldades na convivência com pedestres e motoristas. Para um trânsito mais tranquilo e seguro, todos precisam conhecer os seus direitos e deveres e respeitar as regras de segurança.

Confira as principais do Código de Trânsito Brasileiro:

• O motorista deve manter pelo menos 1,5m de distância da bicicleta e reduzir a velocidade ao passar por uma;
• O ciclista deve trafegar pelas ciclofaixas, ciclovias e acostamentos. Quando não houver, é permitido andar pelo lado direito da pista, na mão correta de direção;
• O ciclista deve sinalizar com as mãos a intenção de realizar alguma manobra e evitar vias muito movimentadas;
• O ciclista tem preferência sobre os veículos automotores. Já o pedestre tem prioridade em relação ao ciclista;
• O motorista ou passageiro deve olhar antes de abrir a porta do veículo;
• Bicicleta na calçada, só com autorização da autoridade de trânsito e sinalização adequada na calçada;
• O ciclista deve portar os seguintes equipamentos de segurança: campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais e espelho retrovisor do lado esquerdo. O capacete não é obrigatório.

Nova rotina, mais qualidade de vida

Em dezembro de 2015, a arquiteta autônoma Natália Costa Figueiredo, natural de Belo Horizonte (MG), se casou e mudou para um apartamento próximo ao seu escritório, que fica no bairro vizinho. Desde então, ela troca o carro pela bicicleta duas vezes por semana e vai pedalando até o trabalho. Além da possibilidade de levar o seu cachorro, Natália vê outras vantagens no meio de transporte: “Não fico presa no trânsito, pois uso a ciclovia em praticamente todo trecho e quase não há interrupção por semáforos ou faixa de pedestre. O percurso é muito agradável, sem estresse, com vista para a lagoa. E ainda faço exercício físico”, conta.

Para minimizar os riscos de acidentes, a arquiteta fez a manutenção da bicicleta antes de começar a usá-la no dia a dia. Quando está no trânsito, ela adota alguns cuidados extras, além das regras de segurança: “Utilizo capacete, farol para dianteira e pisca alerta para a parte traseira. Além disso, não uso o fone de ouvido quando estou pedalando. Isso é muito importante para ouvir o alerta de outros ciclistas que vão te ultrapassar e para manter a atenção ao trânsito e aos pedestres que estão em volta”, completa.

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